Coragem para seguir Jesus: um compromisso espiritual

Ter peito para seguir o Cristo não significa formalizar rituais que se perdem em superficialidades. É assumir o compromisso da renovação espiritual.

Ter peito para seguir Jesus

“É FÁCIL LEVAR O CRISTO NO PEITO.

DIFÍCIL É TER PEITO PARA SEGUIR O CRISTO.”

Esta frase constava anos atrás em outdoors e camisetas, chamando atenção para o conteúdo escondido atrás da combinação de palavras.

Uma camiseta é moda generalizada, cômoda, podendo ter figuras diversas.

Esta proposta, sim, é convidativa, reflexiva: Ter peito para seguir o Cristo.

Podemos considerar o “ter peito” aquela coragem que faz a criatura tomar uma decisão de vida. Decisão que busca aquisição de valores e posicionamentos éticos.

O poder de Jesus

Cristo abriu o peito em outro posicionamento, o de lançar uma imagem nova ao homem. Mostrou-lhe as grandes possibilidades que possui, vivenciando amor, disciplina, boa vontade, fé e espiritualização para dedicar-se a renovação interior (“Vós sois deuses”).

Admitamos ou não, o Cristianismo, em suas bases, nos levou a considerar que o poder de Jesus supera qualquer realeza terrestre: sua mensagem continua presente até hoje. Cristo teve o poder da palavra, o poder do pensamento, o poder das novas ideias. Não num sentido midiático, mas no sentido de um posicionamento que chamasse a atenção do homem para o conteúdo moral de sua mensagem.

Compromisso com a própria evolução

Ter peito para seguir o Cristo ou interessar-se por suas ideias significa compromisso. Todavia, muitos de nós fugimos, principalmente em se tratando de saberes espirituais. Subtrair os altos valores que computamos a bens materiais ainda nos custa muito no processo de renovação. Exige que analisemos o que estamos fazendo da e com a nossa vida.

  • Será que somos suficientemente esclarecidos para tentar amar o próximo?
  • Será que somos, pelo menos em determinados momentos, mansos e humildes de coração?
  • Será que somos o bastante simples para não nos apegarmos a significados puramente materializados?
  • Será que procuramos ser justos nas comunidades que participamos?
  • Será que nos sentimos responsáveis pelo bem estar de toda a Humanidade?
  • Será que procuramos enriquecer os espíritos que somos?

Essas considerações e muitas outras estão contidas dentro da mensagem cristã. Nela o homem deixa de ser egocêntrico e passa a conviver com o mundo que o cerca.

Ter peito para levar ou seguir o Cristo não significa apenas formalizar rituais que se perdem em superficialidades. É assumir o compromisso da renovação a que nos referimos. Aliás, o Cristo não deve esperar que sejamos apenas veículos de divulgação do Seu nome. Ele continua presente entre nós. O que provavelmente quer é que mostremos a Sua presença em nós, na nossa postura de relação. Afinal, a mensagem cristã foi deixada para nossa evolução.

A paz e a espada

Jesus Cristo veio gerar conflitos, sim, Ele não trouxe a paz, mas a espada. Entendamos: Ele remexeu com nossos conceitos e valores o que provavelmente nos conflituou interiormente. Assim, levou-nos a pensar em questões para as quais não atentávamos antes. Ele não quis nos trazer a paz passiva, morna, daquele que aceita a mensagem, abaixa a cabeça, une as mãos, suspira e nesse enlevo passa pelo mundo.

Cristo trouxe a espada para a luta do bem. Não devemos estar descansados enquanto haja o bom combate. Muitas pessoas precisam da nossa presença confortadora. A Sua espada é para tirar cipós e espinhos, cortar o joio que impede o trigo crescer.

Compreensão das Verdades Espirituais

Os ensinos do Cristo, contém, em sua essência, um aspecto muito interessante: mostra o direito de todos e, ao mesmo tempo, procura estabelecer as responsabilidades de cada um, segundo as condições e as possibilidades que podemos oferecer para a coletividade. Dentro de cada nível evolutivo, que façamos o esforço para entender, meditar, sentir e vivenciar as palavras de Jesus. Portanto, como o Mestre nos disse:

Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça! Mateus 13:9, Lucas 8:8, e similar em Marcos 4:23 e 7:16.

E se dirigindo aos discípulos:

Felizes, porém, são seus olhos, pois eles veem; e seus ouvidos, pois eles ouvem. — Mateus 13:15.

São colocações que próprio Jesus fazia para a essência das verdades espirituais. Conseguir retirar da mensagem cristã todo um código de vida equilibrada é tarefa árdua, mas enriquecedora.

Quem consegue visualizar as verdades já está caminhando para o entendimento de que o planeta terreno é apenas um ponto na vasta caminhada do espírito. Já é capaz de ser discípulo, ou seja, seguir o Evangelho de Jesus.

O Compromisso de Seguir o Cristo

Ter peito para seguir o Cristo consiste em achar o nosso momento e avançarmos sem medos; erros e acertos fazem parte do processo evolutivo.

Jesus é uma realidade. Sua missão não começou em Belém, nem terminou no calvário.
— Na Seara do Mestre, capítulo 4.

Jesus continua no mundo e onde está seu Espírito, está o sentido da liberdade. Diante dos aparentes compromissos materiais, são concretas possibilidades de libertação do espírito para vôos maiores, em direção à espiritualidade superior.

Jesus está presente há 20 séculos. Há os que ainda não sentiram Sua influência mas há os que já “vestem a Sua camisa”, não apenas para estampar uma fisionomia no peito, mas para contribuir com o crescimento espiritual da Humanidade começando por si próprio.

O emblema do Cristo é: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”

Acompanhe agora esta palestra relacionada ao tema:

*Colaborou para esta publicação: Maria Thereza Carreço de Oliveira.
** Imagem em destaque via DALL.E

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