108 anos: da necessidade da união

É necessário que nós estejamos cada vez mais cientes das nossas responsabilidades enquanto aqueles que trabalhamos e aqueles que aprendemos.

Neste dia em que a Associação Espírita Fé e Caridade completa 108 anos de fundação, compartilhamos uma mensagem especial, trazida pelos amigos espirituais, por via mediúnica, em reunião de trabalho desta Casa Espírita de Amor. O objetivo é nos inspirar e motivar ao estudo e à prática da nossa reforma íntima por meio do conhecimento da Doutrina Espírita.

Esta casa, este lar: AMA, AMPARA e ACOLHE. Boa leitura a todos!

Da necessidade da união

Meus irmãos desta abençoada casa de amor e de caridade, nós vos saudamos em nome de Jesus!

E em nome de Jesus vos conclamamos à união dos corações, à união dos sentimentos e à união dos ideais. Nós vos conclamamos, meus irmãos, a vos unirdes no trabalho para que o que o trabalho possa, na união de todos os corações, proporcionar as oportunidades de renovação.

Esta casa, fundada em nome de Deus e do soberano Mestre, Jesus, tem fincado as suas bases não somente nos terrenos físicos a que se tem colocado no decorrer de tantas décadas, mas os terrenos sobre os quais se tem colocado esta instituição são os terrenos dos corações e das almas. Portanto, meus irmãos, é necessário que nós estejamos cada vez mais cientes das nossas responsabilidades enquanto aqueles que trabalhamos e aqueles que aprendemos. Que tenhamos em nós o estandarte do Cristo, que é o estandarte da fé e da caridade, que é o estandarte do trabalho, que é o estandarte da aproximação das mãos, dos braços, mas – acima de tudo – a transformação e a união que faz com que todos sejamos um único corpo. Todos nós, um único corpo.

Mas, em vós conclamando à união de sentimentos, de mentes, de corações e de trabalho, vos conclamamos, acima de tudo, à união das compressões no respeito por aquilo que é diverso, porque é necessário que a união se faça nas coisas que são essenciais, mas que essa mesma união possa ver em cada indivíduo, em cada rosto, em cada alma, em cada coração, uma semente que anseia pela liberação de si mesma e pela transformação pela evolução.

Os caminhos são aqueles apontados pelo Mestre, é bem certo. Quando nos asseverava da necessidade de irmos e pregarmos, de irmos e falarmos aos espíritos, ao curarmos aqueles que estão obsidiados, de irmos e orientarmos, Jesus nos falava da União, da necessidade da união no trabalho. Mas, por certo, em momento algum o mestre esqueceu-se da necessidade que tem cada um de percorrer os seus próprios caminhos e descobrir-se a si mesmo na individualidade que é.

Portanto, as bases desta casa alicerçada sobre a fé, mas acima de tudo alicerçada sobre a caridade, nos mostram que a caridade deve ser a nossa capacidade de compreender, de aceitar, de abraçar nas diferenças, sem contendas, sem afastamentos por pontos de vista, sem afastamentos por modos de ação, porque o essencial é que estejamos todos unidos no serviço no bem, no desenvolvimento, no aprimoramento.

Estas são as bases da doutrina alcandorada que sustenta esta casa. Alcandorada porque sustenta-se no amor de Jesus e disso não podemos esquecer: diversidade de carismas, diversidade de sentimentos, diversidade de modos, mas, essencialmente, unidos nos ideais do Cristo! Unidos nos ideais do Cristo, que a nenhum pensamento violentou, que a ninguém impôs opressão e nem tão pouco limitou o livre arbítrio, mas que antes, ao contrário, dizia da responsabilidade de cada um aprender e desenvolver-se a si mesmo, porque dizia ele que plantio é livre, mas a colheita é obrigatória, que a cada um cumprirá resgatar segundo suas obras. E o ensinamento aplicado à individualidade deve ser aprendido também na coletividade. Também a coletividade está sob as mesmas leis, sob o mesmo conjunto de leis: a cada coletivo segundo suas obras.

O tema união – o tema que nos une a esta casa -, muito propriamente captado pelas mentes que perceberam a essência daquilo que a espiritualidade tenta trazer ao plano físico, deve ser aquele que nos aponta a direção da essencialidade e daquilo que é diverso.

São tantos anos, meus irmãos, tantos trabalhos aqui iniciados, tantos trabalhadores que por aqui já passaram, que aqui já retornaram. Tantos anos, meus irmãos! Que possam desdobrar-se em muito mais anos. Que possamos nós com os nossos braços, com as nossas mãos, exercer o trabalho que possibilite ao porvir, ainda por muitos e muitos anos, estar esta casa abrigando corações, mentes, acima de tudo conduzindo a Deus e a Jesus!
Que a paz do doce mestre visite todos os corações! Muita paz!

— Osvaldo, em Psicofonia recebida em 31/07/2024 na Associação Espírita Fé e Caridade.

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*imagem em destaque via pexels.com

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