A revolução do Cristo
Muitos acontecimentos se passaram desde o advento do Cristianismo, sofismas, discórdias, deturpações, tentaram amoldá-lo a interesses materiais. Em nome de Cristo, ocorreram destruições e fatos sombrios, mas a essência não se perdeu entre os povos. Justamente porque seus ensinos são atualíssimos para a nossa vida que busca apoio.
Essa presença marcante e atual veio justo de uma Revolução. Isto é, de uma mudança radical na forma de entender e agir no mundo. Uma revolução pacífica, sem armas. Apenas com a claridade que Sua Sabedoria e Amor projetaram. E com a compreensão dos que a absorveram.
A grandeza espiritual de Jesus ainda não alcançou toda a humanidade. Mas é incontestável que a essência cristã ainda contribuirá muito na renovação de energias do mundo. Quando a Verdade Espiritual, através da ética proposta no Evangelho, servir de base para projetos que objetivam diminuir problemas mundiais, por certo, as soluções serão mais simples de serem achadas.
Mudando Estruturas
Jesus Cristo revolucionou o mundo quando, há época, desafiou tantos cenários vigentes. Atualizou as estruturas judaicas rígidas, profundamente arraigadas aos costumes daquele tempo. Depois, vieram situações desafiadoras dos critérios éticos vigentes: curou doentes do corpo em qualquer dia da semana, saía para ensinar em público em qualquer lugar, etc.
O importante é que a mensagem de vida eterna alcançasse o povo. Além de profetizar, alcançava o íntimo de cada criatura, levando-a a perceber que seus pensamentos não lhe eram desconhecidos.
Lançou a igualdade. Somos iguais perante a Deus. E essa idéia revolucionou a mente judaica, acostumada com a ideia do povo eleito. Sua mensagem era por demais abrangente, para que ficasse restrita a um povo. O auge no grande trabalho de Paulo, posteriormente, foi justamente esse: levar o ensinamento cristão aos quatro cantos do mundo.
O Cristo operou muitos prodígios, mas não porque interessasse atenção para Si. A atenção que pretendia despertar era a reflexão do homem para as tantas oportunidades em cada um de nós. Essas possibilidades que hoje sintetizamos no campo mediúnico são, justamente, as ferramentas que possibilitam o trabalho renovador, que desafiam concepções arcaicas e instigam o homem à investigação do chamado “sobrenatural” que é, na verdade, o natural do espírito.
Buscando as escrituras, Jesus procurava interpretá-las à luz de uma razão lógica: “Não vim destruir a Lei, mas cumprí-la.” Porém, de uma maneira mais coerente, tirando da letra morta o espírito vivificante.
Rejeitando tronos e realeza, Jesus foi bem decisivo na idéia de que Seu reino não era deste mundo. Levantou nas mentes políticas da época a indagação de que reino seria esse, onde estaria e o que representava, em perigo, para a comunidade existente.
A Paz e a Espada
Belos e duros desafios enfrentou Jesus. Para que o Cristianismo permanecesse como Lei de Amor, era preciso uma presença firme e decidida. Era preciso que Ele não trouxesse a “paz” (no sentido ocioso, passivo), mas a “espada” (no sentido da boa luta, da conquista espiritual). A espada tinha que arrancar os maus hábitos, os preconceitos e rasgar a cortina, para que o homem enxergasse o outro lado.
Jesus ainda fez mais: desafiou o homem a pensar na problemática humana e social, abriu as portas para os conceitos sociológicos e psicológicos. Aquelas tantas ideias que eram privilégios dos mais sábios, de repente, passaram também a serem incutidas no pensamento do povo.
Convite à renovação
Através dos ensinamentos cristãos, vieram não só o despertar para Deus, para o Amor, mas todo um conceito filosófico sobre a condição humana: igualdades, caridade, progresso, dimensões do Universo, posturas éticas, trabalho e tantos outros pontos.
Os conceitos vigentes na época estavam sendo questionados. Além do trabalho material para sobrevivência em si, o homem teria que pensar no tocante da reforma Íntima para evolução, e no próximo, engajando-se na grande obra da redenção. Todo aquele homem velho teria que ser sacudido, predispondo-se a renovação.
Renovação implica em sacrifícios, dificuldades. É preciso um remexer de estrutura para realmente abarcar o mundo além de uma visão estreita. Renovar consiste em combater inferioridades e perceber que somos o “social”, isto é, responsáveis cada um, pela sociedade.
Jesus, o Modelo
Muitas idéias boas fixaram-se no mundo mas o Cristianismo conquistou o homem que entendeu Jesus e o tomou como modelo. Um revolucionário que não impôs autoridade, conquistou-a pela Sua grandeza moral. Um líder que não arregimentou legiões, mas deixou que as idéias lógicas e doces, justas e verdadeiras fossem assimiladas por quem delas necessitasse.
Os desafios lançados por Jesus continuam a mexer conosco, convida-nos a revisão de vida, através da educação. Esta é realmente a forma mais eficaz e profícua para a renovação social. Educação ampla e integral não apenas instrutiva, capaz de preparar o Ser para a vida.
Jesus Cristo deixou a estratégia, cabe-nos trabalhar para “implantação do reino do Bem na Terra”.
Revoluciona-te
Se desejas, realmente, a cura dos teus males, deixa-te auscultar por este sublime psicoterapeuta (Jesus).
Segue-lhe as instruções. Revoluciona-te, rompendo com o comodismo, a autoflagelação, a autopiedade, o passado sombrio.
Renasce de dentro de ti.
Se queres o triunfo real, sai a campo e luta. Abre-te ao amor e ama sem esperar resposta.
Não estás sozinho na batalha.
— Jesus e Atualidades, capítulo 13, Jesus e Revolução.
Acompanhe agora a palestra que inspirou esta publicação:
* Colaborou para esta publicação: Maria Thereza Carreço de Oliveira.
** Imagem em destaque via Pixabay.com.