Palavras amigas, parte II

Se tu amas, converterás os bens do teu coração em farol a iluminar consciências sem, no entanto, a nenhuma descriminar.

Com objetivo de nos inspirar e motivar ao estudo e à prática da Doutrina Espírita, o blog da AEFC passa a publicar semanalmente uma série de artigos contendo algumas mensagens trazidas pelos amigos espirituais, por via mediúnica, no trabalho de Desobsessão desta Casa Espírita de Amor. 

Esta casa, este lar: AMA, AMPARA e ACOLHE. Boa leitura a todos!

Existem flores entre as pedras 

Mesmo nos caminhos mais longínquos, mais desertos, ainda existe vida. Mesmo onde tudo parece esquecido, onde toda vitalidade parece ausente, existe um sopro de esperança. 

Vidas são como mundos, com diversidades de tempos e ambientes. Se nos puséssemos a percorrer o globo, encontraríamos locais cobertos de beleza e glória, mansidão e paz. Mas nossos olhos também vislumbrariam pântanos escuros, desertos de dor, abismos aparentemente sem fim. 

Mas, ainda que tudo isso pareça triste, mesmo onde parece não haver esperança, há um propósito para a existência. 

Qual vida humana não se assemelhará aos quadros aqui descritos, com os períodos de paz e os momentos de dor? Oh, meus irmãos, a natureza retrata, em tudo, a finalidade da vida humana. As estações da vida e os momentos que vivemos são partes diferentes de um mesmo ciclo, útil e necessário. Vossos olhos têm-se acostumado ao imediato, e necessário é que vos eleveis acima de todos os momentos – felizes ou não – para que possais compreender a grandeza do que sois. 

Sois toda a glória da vida, esperando em si mesma pelo despertar de si mesma. Sois a parte mais fecunda da criação. Por isso importa que vos afeiçoeis a todos os recantos de vós mesmos, entoando cânticos de gratidão ao Pai da vida. 

Há flores nos pântanos, e vida entre as rochas do deserto. Deus é convosco. Sejais com Deus, e todas as coisas encontrarão um sentido, uma finalidade. 

— Lúcio, vosso irmão. (Página psicografada em 20 de maio de 2012).

Testemunho de Libertação 

Uma pequena borboleta azul pairava no céu, brincando no primaveril cenário que contemplava. 

Era quase final de maio de 1954, embora o tempo já estivesse ameno, ainda sentíamos a brisa fria vinda do norte. 

Ano lindo cheio de expectativas. Máquinas turbinadas, modernidade e longe dali, uma vila incrustada na montanha, mantinha-se a parte deste movimento revolucionário. 

Foi quando ainda moça, perdida nos encantos daquela tarde, fui dominada por homens encapuzados da brigada americana. Senti-me tão impotente, perdida, desiludida. 

Fui aprisionada por um grupo de radicais que ainda tinham turvos os corações, que detestavam os negros. Longe ouvia sempre pequena música deste vilarejo. Música que acalentou-me enquanto duramente fui sacrificada. Senti-me ferida, desamparada. 

Foi quando breve luz fez-se em mim. Ouvi na música a palavra de Jesus. Era uma oração cantada na voz inocente de uma criança. Momento mágico e sublime que orientou-me para o desprendimento necessário dos despojos, agora apenas amontoado orgânico.

Vítima naquele instante, mas devedora de outrora, no resgate estava tendo a libertação. 

Hoje, motivo pelo qual lhes conto minha história, caminho entre aqueles que choram aflitos nos desencarnes que lhes atormentam. 

Sou enfermeira brasileira, na escolha da minha última reencarnação, socorrendo aos que jazem à espera de um irmão. Irmãos coragem, disciplina e amor. Fé em Jesus. 

— Irmã Magareth. (Página psicografada em 9 de janeiro de 2013)

Se tu amas 

Se tu amas, guardarás a compreensão dos que seguem, como tu, pelos caminhos do aprendizado e do entendimento. 

Se tu amas, converterás os bens do teu coração em farol a iluminar consciências sem, no entanto, a nenhuma descriminar. 

Se tu amas, prosseguirás teus passos nos ensinamentos do Mestre Jesus, que afirmou que o maior não é o senhor do mais belo discurso, mas aquele que retire dos próprios pés as sandálias para entender os ferimentos provocados pelas pedras no caminho do irmão. 

Se tu amas, elevarás consciências através da humildade de tua alma, orientarás na segurança dos que entendem que a vida é constante processo de aprendizado, sem jamais dilapidar as experiências alheias. 

Se tu amas, perseverarás nos esforços do ato aprimoramento, sem jamais ferir a quem quer que seja, usando sempre da bondade e da tolerância para com tantos quantos cruzem o teu caminho. 

Se tu amas, guardarás em teu coração a bondade para com todos e para contigo mesmo, no entendimento de que também tu és aprendiz nas lides do Senhor. 

Conserva, portanto, a calma. Ora, prossegue, persiste e trabalha entendendo que o Senhor da Vida não requisitou servos perfeitos, mas que a paz no mundo será sempre construída pelos homens de boa vontade. 

— Júlio, vosso irmão (Página psicografada em 6 de março de 2013)

Leia também:

Ouça uma mensagem de esperança, gravada nos Episódios Diários da AEFC

* Imagem em destaque via pexels.com

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