Palavras amigas, parte I

É preciso coragem para mudanças, é preciso que mesmo ainda fracos na fé, sigamos adiante, tentando vivenciar a tarefa cristã. Obreiros somos nós.

Com objetivo de nos inspirar e motivar ao estudo e à prática da Doutrina Espírita, o blog da AEFC passa a publicar semanalmente uma série de artigos contendo algumas mensagens trazidas pelos amigos espirituais, por via mediúnica, no trabalho de Desobsessão desta Casa Espírita de Amor. 

Esta casa, este lar: AMA, AMPARA e ACOLHE. Boa leitura a todos!

É preciso marchar rumo ao Pai 

Há muito as palavras ecoam aos quatro cantos convidando as almas caminhantes para encontrarem-se nos trabalhos do bem. Contudo, ainda fatigados ou então revoltados, há os que preferem as amarguras das destemperanças e assim, marcham voluptuosamente para os desfiladeiros das dores, dos gestos ainda desprovidos de amor. 

E nós, que já nos apresentamos como servidores desta alcandorada doutrina espírita cristã, devemos nos empenhar para que possamos trabalhar no bem, sem chamuscar as vestes, as túnicas limpas com nosso orgulho, nossas ilusões, nossas vaidades. 

É preciso coragem para mudanças, é preciso que mesmo ainda fracos na fé, sigamos adiante, tentando vivenciar a tarefa cristã. Obreiros somos nós. 

É preciso construir, é preciso marchar rumo o Pai, através da disciplina, do amor e da alegria. 

— Alfredo Albuquerque. (Página psicografada em 11 de setembro de 2011).

Renovação nesta Casa de Luz 

Pairava o ano bissexto de um século atrás quando fui acometido de grave moléstia. Tornava-me assim, de barão do café em simples indigente, pois acabavam minhas faculdades mentais. 

Após anos de lutas, de muitas tristezas, deparei-me entre vós. Ouvi cânticos, sussurros, uivos e tanta infinidade de gemidos que me assustou tal ambiente. Pensei encontrar-me no meio a um terrível e assustador pesadelo. 

Foi quando me foi dado a graça de perceber mais um pouco do reflexo, ainda tênue de beleza quase inexplicável, de uma luz fulgurante. Eram as irmãzinhas de Maria dentre os aflitos, misturadas aos que sofriam, rotos, surrados, amargurados, como lampejos, pirilampos a acudir, acalentar, examinar, amparar, AMAR… 

Senti o pranto invadir-me. Aos poucos fui me contagiando de imensa emoção. Eu, homem velho de alma maltrapilha, senti a vivacidade da juventude. Ganhei forças tão esquecidas, mas foi como um simples menino que ajoelhei-me e comecei a rezar, gritando: JESUS, JESUS, JESUS. 

Sinto agora as lágrimas daquele momento precioso de minh’alma. Tornei-me assim, com a permissão divina e desta Casa de luz, guardião de todos vós para que as vicissitudes, os empecilhos que possam ofuscar tão radiante trabalho, sejam amenizados. 

Assim, sou vosso servo, humilde João, que tem por vós enorme dedicação. Um grande abraço, amigo e sincero de João da Luz. 

— João da Luz. (Página psicografada em 29 de fevereiro de 2012)

A loucura real 

Não eram loucos aqueles que seguiam a Jesus, embora em todos os tempos tenham sido assim compreendidos pelo restante da comunidade humana. Não eram insanos aqueles que atiravam-se ao desapego de si mesmos procurando a dádiva da doação por todos aqueles que sofrem. 

O mundo, meus irmãos, tem necessitado destes chamados loucos, porque existe uma loucura maior batendo às portas do coração e da mente humana: é a loucura de pretender-se o homem imortal, no sentido de que jamais perecerá diante dos prazeres imediatos. É a loucura a que atira-se o homem, a cada vez que crê sua passagem mortal, terrena, como sendo algo eterna e sem consequências. A loucura que precisa de sanidade, queridos, é a da vaidade, é do orgulho, é a loucura do desconhecimento do homem por si mesmo. 

Então, mais do que nunca, mais do que em todos os tempos em que loucos ergueram-se contra esta loucura, é tempo de não ligar para os pensamentos e julgamentos mútuos. 

Não importa o que vos pensem, não importa como vos tratem , não importa como vos vejam, importa, sim, que ainda incompreendidos, ainda que julgados ensandecidos, abraçai a causa do amor e da caridade. Compreendendo na medida do silêncio, orientando na medida da doação plena que não mede esforços diante de cada ofensa. 

É necessário que caleis para que uma voz maior seja ouvida. Essa voz ainda não será compreendida, por certo, mas toda a semente atirada ao solo do coração humano, em algum momento, em algum dia, fará se frutificar.

Não busqueis, portanto, os louros da vitória passageira. Lançaivos à terra como agricultores que sois, auxiliares do agricultor maior: Jesus Cristo. Há solos sedentos de sementes e de irrigação. Levai a todos os corações a semente da compreensão, da tolerância, da abnegação e da bondade. Jamais, em momento algum, vos julgueis a sós, vos julgueis rejeitados, ainda que atirados à margem da compreensão humana. Mais vale uma vida toda de incompreensões perante os homens do que toda uma vida de compreensão para que, quando retorneis à pátria espiritual, vejais constrangidos que toda uma vossa existência foi posta em perdição porque buscáveis tão somente aprovações. 

Ide a cada um que vos afronteis, levai um sorriso, levai um afeto, levai uma palavra, levai mesmo um silêncio. Crede que Deus manifesta-se no mundo a todo instante e a toda hora através do coração que se coloca verdadeiramente a serviço da bondade e do amor. Há uma única cura, há um único remédio, um único lenitivo para os males do mundo: o tempo. A compreensão, a doação e o serviço formam o conjunto dos méritos sagrados que haverá um dia de recuperar e de encaminhar todos os necessitados de compreensão e de entendimento de si mesmo. 

Que Deus permaneça em vossos corações, queridos irmãos, que vos guie e que vos ampare, que vos sustente nas vossas provações. Não deixeis vos intimidar! Os grandes irmãos da espiritualidade maior permanecem ao vosso lado. Caminhai firmes, apesar dos tropeços. Levantai! Jesus está convosco! 

— Francisco, vosso irmão (Mensagem psicofônica em 07 de março de 2012).

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*Imagem em destaque via pexels.com

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