Jesus e Alegria é o nome do nono capítulo da obra Jesus e Atualidade, psicografada por Divaldo Pereira Franco. Essa obra consiste no primeiro livro da Série Psicológica da benfeitora espiritual Joanna de Ângelis.
Em palestra transmitida pelos canais digitais da Associação Espirita Fé e Caridade, a expositora Carla Ribeiro nos faz o convite para refletir sobre o sentido da palavra Alegria. Segundo o dicionário, é o estado de viva satisfação, de vivo contentamento; regozijo, júbilo, prazer.
Em O Evangelho Segundo O Espiritismo, vemos no capítulo 17, item 10:
Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança.
— O Evangelho Segundo O Espiritismo, capítulo 17, item 10.
Enquanto encarnados temos a oportunidade de fazer diferente, de aceitar e corrigir nossos erros. Estamos aqui vivenciando essa experiência por que desejamos, escolhemos este caminho neste mundo mirando nossa evolução espiritual.
No livro Para uso diário, o Espírito Joanes, através da psicografia de Raul Teixeira, enfatiza que:
Caso se detenha um pouco a observar, você verá que, ao lado de sua dificuldade, Deus sempre lhe apresenta caminhos de soluções e apoios, e entenderá o motivo pelo qual deverá cultivar as sementes da alegria que o Pai depositou em todos nós.
— do livro Para uso diário.
Ainda nessa obra vemos:
Alegrar-se é procurar cumprir cada compromisso para com a existência com boa disposição e com entusiasmo. Seja na família ou nos círculos das amizades, seja na área profissional ou com você mesmo, empenhe-se no desenvolvimento da alegria, superando com afinco todas as lutas, todas as dificuldades com que se depare na caminhada terrena.
— do livro Para uso diário.
E é nessa caminhada que também nos deparamos com a tristeza. Como compreender?
Combatendo a tristeza
Com as amarguras que nos desafiam, a tristeza deve ser entendida como um sintoma de doença emocional e, como tal, deve ser combatida.
Essa tristeza que te domina, amargurando as tuas horas, é grave enfermidade que deves combater a partir de agora.
Nenhuma complacência para com ela, nem justificativa enganosa para aceitá-la. Os argumentos de infelicidade quanto de insatisfação não passam de sofismas e mecanismos de evasão da realidade.
Problemas todos os têm, com um imenso universo de apresentação. A falta deles geraria, por enquanto, desmotivação para a luta, para o progresso.
Essa nostalgia deprimente que te aliena e consome é adversária cruel, a que te entregas livremente sem reação, ampliando-lhe o campo de domínio, à medida que lhe cedes espaço.
Seja qual for a razão, fundamentada em acontecimentos atuais, deves transformar em bênção que te convida à reflexão e não ao desalento.
A tristeza é morbo prejudicial ao organismo, peste que consome a vida.
— do livro Jesus e Atualidade, capítulo 9.
Temos que ser firmes, fortes e disciplinados no combate à tristeza. Sem os problemas, como se daria nossa evolução? Dispomos destes desafios que são como provas em uma escola, testes a nos impulsionar à superação.
Temos no presente a oportunidade de corrigir nossos erros, males e equívocos, de passado recente ou remoto, mesmo que de modo parcial. É o feliz momento de aperfeiçoar nossa conduta, nossa postura, esforçando-nos por aumentar nossa simpatia, nosso bom humor, nossa tolerância e principalmente nosso nível de compreensão para com o próximo.
A expositora Carla Ribeiro nos convida a refletir, quanto às causas da tristeza: “Deus é justo. Justa deve ser a causa.” Então, quando nos momentos de grande sofrimento, de pesares, desalentos, aquela sensação arrastada que nos abate, lembremo-nos que, se a escolhemos, não fiquemos presos na vivência dessas dores.
Acolher a alegria, não a tristeza
Segundo Joanna de Angelis:
Essa tristeza pode resultar de dois fatores, entre outros: reminiscências do teu passado espiritual e perturbação com repercussão obsessiva.
No primeiro caso, as impressões pessimistas devem ser eliminadas, alijando-as do inconsciente, sob pressão de idéias novas, agradáveis, positivas, que te cumpre cultivar, insistindo em fixá-las nos painéis mentais.
Se te acostumas a pensar bem, superarás as lembranças más.
— do livro Jesus e Atualidade, capítulo 9.
Desta forma que o Orai e Vigiai deve ser premissa básica em nossos pensamentos, se nos abastecemos da prece, dos estudos, e reflexionarmos sobre nossas atitudes diárias, voltamos instantaneamete para nosso caminho de aprendizado.
Mudando nosso padrão vibracional para um padrão elevado, fazendo o uso da boa prece, sempre, ajudando nossos irmãos sofredores que junto a nós caminham, com fé, conversemos de coração com Nosso Mestre pedindo auxílio e perseverança para a caminhada. Peçamos que nossos obsessores possam também sintonizar em aprendizado.
Assim, se já sabemos de onde viemos, o que estamos fazendo aqui neste orbe e para onde vamos, não há razão para não termos a alegria de viver. O simples fato de estarmos aqui na Terra significa, por si, que já houve algum progresso.
Quem escolhe e efetivamente pratica o bem só pode ser feliz, cada vez mais feliz.
Sigamos com fé nessa jornada seguindo o que Jesus nos disse:
“Alegrai-vos”, propôs Jesus, “é chegado até vós o reino de Deus.”
Este reino está dentro de nós, esperando ser descoberto e habitado.
Aguarda-te, desafiador. Chegou até onde estás. Dá o teu passo em sua direção, penetra-o, deixa-te por ele preencher e alegra-te para sempre, como herói que concluirá a luta.
— do livro Jesus e Atualidade, capítulo 9.
A série Jesus e Atualidade foi abordada em outras publicações de nosso blog, que podem ser acessadas nos seguintes links:
Acompanhe agora a íntegra da palestra que inspirou esta publicação:
* Colaborou para esta publicação: Magda do Carmo Gonçalves.
** Imagem em destaque via Pixabay.