A busca do sentir

Há muito tempo temos conhecimento da Boa Nova de Jesus, porém pouco temos utilizado tais ensinamentos para desenvolver os nossos sentimentos.

Há muito tempo temos conhecimento da Boa Nova de Jesus, porém pouco temos utilizado tais ensinamentos para diminuir a influência da matéria sobre nós a fim de desenvolver os nossos sentimentos.

Em 15 de junho de 2021 a Associação Espírita Fé e Caridade recebeu em seus canais digitais a palestrante Marlete Siqueira, trabalhadora da Casa Espírita Eurípedes Barsanulfo, de Brusque, Santa Catarina, que gentilmente trouxe suas reflexões acerca da área dos sentimentos do ser humano.

Marlete inicia sua linha de raciocínio citando várias passagens das obras básicas, nas quais Allan Kardec faz referências à necessidade de se trabalhar os sentimentos. A palestrante destaca:

… no encarnado como no desencarnado, é sobre o sentimento que se faz mister atuar.
— do livro O Céu e o Inferno.

…a fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos.
— do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Educação dos sentimentos

O aperfeiçoamento de nossos sentimentos não é possível sem que os eduquemos. Ao analisarmos a sociedade em que vivemos bem como a nós mesmos, perceberemos como estamos carentes de bons sentimentos, porém ainda estamos distantes de perceber que essa paz interior é possível de ser alcançada se optamos por trilhar o caminho regido pelas Leis Divinas.

Pelo Amor ou pela Dor

Analisando o momento atual que vive a humanidade, de grande sofrimento em função da pandemia pela COVID-19, podemos concluir que ainda não optamos pelo caminho do amor para nosso aprendizado.

Marlete ilustra essa reflexão, pinçando do capítulo 9 do Evangelho de Mateus, os seguintes versículos:

18. Enquanto Jesus lhes falava sobre estas coisas, veio um chefe e prostrou-se diante dele, dizendo: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe-lhe a mão e ela viverá.” 19. Levantando-se, Jesus o seguia, juntamente com seus discípulos. (…)
23. Jesus, ao entrar na casa do chefe, vendo os flautistas e a multidão em alvoroço, disse: 24. “Retirai-vos todos daqui, porque a menina não morreu: dorme.” E caçoavam dele. 25. Mas, assim que a multidão foi removida para fora, ele entrou, tomou-a pela mão e ela se levantou. 26. A notícia do que aconteceu espalhou-se por toda aquela região. (Mateus, 9:18-26)

Trata-se de Jairo, chefe da Sinagoga daquela região, líder espiritual da comunidade, que passava por uma dor profunda pela morte da filha. Este líder humildemente reconhece em Jesus o poder e amor de Deus. A dor extrema que aquele homem passava naquele momento permitiu que a luz do sentimento despertasse no seu íntimo.

A finalidade da dor

As tribulações e dores têm como objetivo despertar a luz do sentimento em nós. Quando conseguimos passar pelos momentos difíceis e tormentosos com resignação e dignidade, passamos a sentir Deus em nós.

A palestrante finaliza a interpretação da passagem do Evangelho, nos trazendo a seguinte reflexão: “Jairo precisava reconhecer um poder maior que o de Cesar, maior que o do sumo sacerdote, descobrir que o poder da terra é um poder temido e respeitado porque ele é capaz de destruir e o poder de Deus é um poder capaz de construir, esse poder que é outorgado a Jesus é um poder que constrói; um mata, o outro dá a vida; um prende, o outro liberta,” observa Marlete.

Ação no bem

Nunca nos esquecendo da máxima da Doutrina Espírita “Fora da Caridade não há Salvação”, sejamos solidários sempre e pautemos nossas ações no exercício do bem, nos aproximando mais de Deus a cada dia, tendo o desenvolvimento do sentimento como objetivo de nosso aperfeiçoamento espiritual.

Acompanhe agora a íntegra da palestra que inspirou esta publicação:

* Colaborou para esta publicação: Sandra Lemos.
** Imagem em destaque: Pavel Danilyuk via Pexels.

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