O Bem Reinará na Terra

Em palestra realizada na Associação Espírita Fé e Caridade em 25 de março de 2021, o irmão Breno Ferreira Lima nos traz grandes esclarecimentos e comenta que tanto as palavras do Mestre Jesus, quanto as Obras da Codificação e as obras subsidiárias são categóricas em afirmar que sim, o bem reinará na Terra. O palestrante […]

Em palestra realizada na Associação Espírita Fé e Caridade em 25 de março de 2021, o irmão Breno Ferreira Lima nos traz grandes esclarecimentos e comenta que tanto as palavras do Mestre Jesus, quanto as Obras da Codificação e as obras subsidiárias são categóricas em afirmar que sim, o bem reinará na Terra.

O palestrante inicia suas reflexões comentando a última questão de O Livro dos Espíritos, questão 1019

Poderá jamais implantar-se na Terra o reinado do bem?
O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade.  Por meio do progresso moral e praticando as leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus. Estes, porém, não a deixarão, senão quando daí estejam banidos o orgulho e o egoísmo.
Predita foi a transformação da Humanidade e vos avizinhais do momento em que se dará, momento cuja chegada apressam todos os homens que auxiliam o progresso.  Essa transformação se verificará, por meio da encarnação de Espíritos melhores, que constituirão na Terra uma geração nova.  Então, os Espíritos dos maus, que a morte vai ceifando dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha das coisas serão daí excluídos, pois que viriam a estar deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam. Irão para mundos novos, menos adiantados, desempenhar missões penosas, trabalhando pelo seu próprio adiantamento, ao mesmo tempo que trabalharão pelo de seus irmãos ainda mais atrasados.  Neste banimento de Espíritos da Terra transformada, não percebeis a sublime alegoria do Paraíso perdido e, na vinda do homem para a Terra em semelhantes condições, trazendo em si o gérmen de suas paixões e os vestígios da sua inferioridade primitiva, não descobris a não menos sublime alegoria do pecado original?  Considerado deste ponto de vista, o pecado original se prende à natureza ainda imperfeita do homem que, assim, só é responsável por si mesmo, pelas suas próprias faltas e não pelas de seus pais.
Todos vós, homens de fé e de boa vontade, trabalhai, portanto, com ânimo e zelo na grande obra da regeneração, que colhereis pelo cêntuplo o grão que houverdes semeado.  Ai dos que fecham os olhos à luz! Preparam para si mesmos longos séculos de trevas e decepções. Ai dos que fazem dos bens deste mundo a fonte de todas as suas alegrias! Terão que sofrer privações muito mais numerosas do que os gozos de que desfrutaram!  Ai, sobretudo, dos egoístas! Não acharão quem os ajude a carregar o fardo de suas misérias. — O Livro dos Espíritos, questão 1019.

O Expositor enfatiza a necessidade de colocarmos Jesus à frente de nossas vidas, das nossas escolhas, e narra uma passagem do evangelho, relembrando que a direção do planeta está nas mãos do Cristo.

A mesma pergunta que Ele fez aos discípulos há mais de dois mil anos deve estar repetindo para todos nós: “Porque estão com tanto medo? Ainda não têm fé?”.

Jesus acalma a tempestade (Mt 8.1823-27Lc 8.22-25)
Ao cair da tarde desse dia, Jesus disse aos discípulos: “Vamos atravessar para a outra margem do lago.”  Deixando a multidão para trás, entraram no barco onde ele já estava e começaram a travessia, embora outros barcos os seguissem.  Mas logo se levantou um tão grande temporal, com vendaval e ondas rebentando contra o barco, que este já estava cheio de água.
Entretanto, Jesus dormia deitado na popa, com a cabeça numa almofada. Inquietos, acordaram-no, gritando: “Mestre, não te preocupa que estejamos quase a morrer?”  Ele, levantando-se, repreendeu o vento e disse ao mar: “Aquieta-te!” O vento parou e fez-se uma grande calma.  E disse-lhes: “Porque estavam com tanto medo? Ainda não têm fé?”
E tomados de grande espanto, perguntavam uns aos outros: “Mas quem é este, a quem o próprio vento e o mar obedecem?”

Os assuntos que hoje nos assombram, são os mesmos de muito tempo. Vivemos em dores os dias de transição. Na mensagem Dupla Renovação, Emmanuel nos fala:

“Época de transição”: esta é a legenda que repetis frequentemente para definir a atualidade terrestre, em que surpreendeis, a cada passo, larga fieira de ocorrências inusitadas.
Conflitos. Desencarnações em massa.
Acidentes enlutando almas e lares.
Desvinculações violentas.
Dramas no instituto doméstico.
Processos obsessivos, culminando com perturbações e lágrimas.
Moléstias de etiologia obscura. Incompreensões.
Forçoso observar, no entanto, que o Plano Físico e o Plano Espiritual que se lhe segue reagem constantemente um sobre o outro.  Criaturas desencarnadas atuam no ambiente dos companheiros encarnados e vice-versa.  E se vos reportais ao término do segundo milênio de civilização cristã em que vos achais, com a expectativa e o entusiasmo de quem se vê à frente de uma era nova, as mesmas circunstâncias se verificam na Espiritualidade, entre aqueles que aspiram a obter o retorno à Terra, expressando propósitos de autoburilamento em nível mais alto de evolução.
É por isto que legiões enormes de irmãos, domiciliados no Mais Além, vêm solicitando, desde algum tempo, reencarnações difíceis;  testemunhos acerbos de aperfeiçoamento íntimo; tempo curto no veículo físico, de modo a complementarem tarefas inacabadas em diversos setores da experiência humana;  presença ligeira, junto de seres queridos, a fim de chamá-los à consideração da Vida Superior;  ou empreitadas de serviço moral para a liquidação de empreendimentos redentores, largados por eles nos caminhos do tempo.
Para isso, tentam aproveitar-se da última vigésima parte do segundo milênio, a que nos referimos, para encerrarem o balanço das experiências menos felizes que lhes dizem respeito nos séculos últimos.
Perante a Vida Maior, quase tudo aquilo que vedes, presentemente, em matéria de agitação ou desequilíbrio, nada mais significa que a movimentação mais intensa de vastas coletividades que retornam à Esfera Física, em regime de urgência, no intuito de conseguirem retoques e meios com que possam abordar os tempos novos em condições mais dignas de trabalho e progresso.
Mantenhamo-nos prudentes, abstenhamo-nos de agravar dificuldades, evitemos a formação de problemas, orando e construindo, seja nos obstáculos que nos atinjam, seja nas inquietações que assaltem aos outros.  Mas sejam quais forem as circunstâncias, estejamos atentos à fé para servir e compreender, reconhecendo que todas as provas de hoje são recursos e instrumentos de que se vale a Providência Divina a fim de conduzir-nos à Vida Melhor de amanhã. — do livro Diálogo dos Vivos – F. C. Xavier / J. Herculano Pires / Espíritos diversos – edição GEEM.

E no livro Obras póstumas, na 2ª Parte, temos o capítulo 27, entitulado “Regeneração da Humanidade”.

Paris, 25 de abril de 1866. — (Resumo das comunicações dadas pelas Sr.as M… e T… em estado sonambúlico.)
Precipitam-se com rapidez os acontecimentos, pelo que já não vos dizemos, como outrora: “Aproximam-se os tempos.” Agora, dizemos: “Os tempos são chegados.”
Não suponhais que as nossas palavras se referem a um novo dilúvio, nem a um cataclismo, nem a um revolvimento geral. Revoluções parciais do globo se hão produzido em todas as épocas e ainda se produzem, porque decorrem da sua constituição, mas não representam os sinais dos tempos.
Não acrediteis, porém, no fim do mundo material. A Terra tem progredido, desde a sua transformação; tem ainda que progredir e não que ser destruída. A Humanidade, entretanto, chegou a um dos períodos de sua transformação e o mundo terreno vai elevar-se na hierarquia dos mundos.
O que se prepara não é, pois, o fim do mundo material, mas o fim do mundo moral. É o velho mundo, o mundo dos preconceitos, do orgulho, do egoísmo e do fanatismo que se esboroa.

Temos nestas mensagens sinais dos tempos. Nas observações das melhores atitudes e esforços daqueles que já se sentem tocados pelo amor e empenhados em participar da construção desse mundo de Regeneração.

Emmanuel, em comentário às palavras de Kardec presentes no trecho do livro Obras Póstumas acima, nos apresenta seu pensamento no livro Nascer e renascer, na mensagem de número 15, entitulada “Contemplando o bem”.

(…) Em verdade, ainda temos hoje as demonstrações da guerra, nos atritos periódicos das nações, e os hábitos infelizes, quais sejam o lenocínio e a indústria do entorpecente; no entanto, o Cristo que nos inspira o avanço espiritual, guiando-nos a jornada para a justiça, dar-nos-á braço forte para que o amanhã surja mais claro, assegurando-nos a vitória do amor e do respeito uns pelos outros.
Eis porque duvidar do bem seria desacreditar a nós mesmos, em derrocada injustificável, não só porque estamos a caminho do próprio burilamento, como também porque, se é inegável que Jesus começou a construir entre nós o Reino de Deus, não é menos certo que a sua Obra Divina ainda não terminou.

Acompanhe abaixo a íntegra da palestra que inspirou esta publicação:

*Colaborou para esta publicação: Marli Giarola Fragoso.
** Imagem em destaque:
Taryn Elliott do Pexels.

Compartilhe:

Outros Posts