Palavras amigas, parte XI

Quando as dores nos visitem e nos paralisem a alma, quando a noite se faça escura, olhemos o céu e veremos, no horizonte de nossas vidas, permanece sempre o sol divino de nossas almas, o Cristo.

Meus irmãos e minhas irmãs, confiemos em Cristo! 

Nas horas das amarguras e das dificuldades, confiemos em Cristo. É Ele o Sol das almas, não somente porque nos aquece nos momentos de frio, nem tão somente porque nos traz a luz na hora da temida escuridão, mas sobretudo porque é Ele o referencial a nos apontar os caminhos. E como o viajante no deserto, que nas jornadas difíceis guia-se pelo Sol, que seja o Sol sublime, Jesus, aquele que nos guia pelas estradas das dificuldades. 

Nada temamos, nem nos percamos em desesperanças! Somos nós, todos nós, viajores da infinitude, jornadeando na eternidade. Caminhamos através das areias do tempo, progredindo sempre e sempre, buscando sempre o próximo ponto em que poderemos dessedentar-nos nos oásis da segurança de Deus.

Meus irmãos e minhas irmãs, a vida terrena é curta, bem sabemos. Mas na sua brevidade ela também abrevia a nossa capacidade de percepção, quando julgamos que tudo o que somos compreende-se no instante de uma vida. Quanta ilusão, quanta ilusão! 

Nós, que somos seres imortais, nascidos do amor divino, do amor do próprio Deus, nosso Pai, já caminhamos tanto e tanto, já passamos por tantos obstáculos. E se pudéssemos, quando encarnados, observar a noite de nossas estradas, veríamos tanto. 

Já passamos por tantos momentos, muitos de profundo amor e felicidade. São esses os momentos que nos colocam na comunhão santa junto àqueles que amamos, e santa comunhão porque construída da relação que soube cultivar-se nas dificuldades.

Tudo o que estamos vivendo agora, todas as dificuldades, quantas vezes já vivemos no passado estas mesmas. Quantas vezes, meus irmãos, a doença mensageira da nobreza, da necessidade e da renovação já nos encontrou nas mais diversas posições. Quantas vezes fustigou-nos os corpos, quantas vezes abraçou os corpos daqueles a quem amamos. Quantas vezes nos trouxe lágrimas pela situação em que nos colocava. Quantas lágrimas vertemos, por vermos aqueles amados que padeciam sem que nada pudéssemos fazer. Quantas vezes o despautério da vida nos encontrou desprevenidos. Quantas vezes a cegueira do corpo e também a cegueira da alma. Quantas vezes, quantas vezes a imobilidade das pernas e dos membros, mas também a imobilidade do espírito.

Por tanto, já passamos, meus irmãos! Mas, vejamos: por tantas coisas já passamos e, no entanto, aqui permanecemos! No entanto, aqui continuamos a existir, mais fortes… mais fortes, mais conscientes, mais despertos. Porque somos imortais.

E, por mais que as dores nos visitem, por mais que nos arranquem as lágrimas do íntimo, nunca nos vencerão. Nunca! Porque sobreviveremos, como sobrevivemos a todas as mortes. Porque somente, somente quando nos atiramos à desesperança, quando nos atiramos ao despautério, quando nos atiramos ao abandono de nós mesmos, somos verdadeiramente abatidos, por nós mesmos, pela nossa incúria, pela nossa intemperança, pela falta da perseverança, pela falta da esperança. Mas, ainda assim, há sempre um momento em que, após sermos visitados pela noite e pela escuridão das amarguras e das agruras, vem novamente o sol de nossas vidas, Jesus, e nos toca com seu amor infinito e somos novamente despertados.

Quando as dores nos visitem e nos paralisem a alma, quando a noite se faça escura, olhemos o céu e veremos, no horizonte de nossas vidas, permanece sempre o sol divino de nossas almas, o Cristo, que nos aquece, que nos ilumina e que nos aponta os caminhos.

Não temamos e nem tão pouco nos entreguemos aos temores que nos paralisam! Somos divinos, divinos somos.

Abramos o peito e recebamos em nós mesmos, em nossos corações, a luz direta do Cristo. Não sejamos, meus irmãos, sabotadores de nós mesmos! Não nos fechemos à nobreza do mais alto, que sempre está conosco!

Jesus chama, aguarda, espera, ama.

— Mensagem psicofonada na Associação Espírita Fé e Caridade. O espírito comunicante não identificou-se.

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Ouça uma mensagem de esperança, gravada nos Episódios Diários da AEFC:

**Imagem em destaque via pexels.com.

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